EXTRAORDINÁRIO por R.J. PALÁCIO

Há tempos em que eu desejava esse livro. Até que eu fiz uma compra coletiva. Antes eu tivesse adquirido a obra da RJ Palácio. O livro é realmente EXTRAORDINÁRIO.

A história é narrada por diversos pontos de vistas. Temos como personagem principal o August Pullman, uma criança que nasceu com uma deformidade facial, uma síndrome rara. Muitos ao olharem diretamente para o rosto do Augguie acreditavam que ele, em algum momento da sua vida, havia sofrido uma queimadura na face. Adultos, e até mesmo crianças olhavam-no com certo ar 'descrença', encaravam-no, se assustavam, ficavam surpresas por verem como o rosto do August era estranho para elas. Durante dois anos, o garotinho usava um capacete de astronauta para esconder o seu rosto.

Em dado momento, o Auggie passa frequentar sua primeira escola com 10 anos de idade. Até então ele nunca tinha ido a um colégio. Sua própria mãe lecionava as aulas em casa. Ele fica na turma do quinto ano, e enfrenta algumas dificuldades, não tem muitos amigos, todos ficam "cochichando" quando ele passava por perto, e até tinham medo de encostarem-se a ele. Recebia bilhetes no seu armário que diziam: Aberração! Saia da nossa escola, ogro!

Enfrentou essas e diversas outras brincadeiras de mau gosto juntamente com a Summer, a garotinha que sentou com ele no almoço, no primeiro dia de aula. Onde mais ninguém queria sentar-se, que logo determinaram um nome, chamando o lugar de A mesa do verão. O August fez novas amizades, mas mesmo assim, ainda continuava enfrentando o bullying das outras crianças. 

O Sr. Browne era o seu professor de inglês, e a cada mês escrevia um preceito no quadro para que as crianças pudessem refletir sobre a frase. Além do mais, cada criança deveria escrever um trecho que explicasse o significado ou quais eram as opiniões a respeito. E foi o preceito do mês de outubro que me chamou bastante atenção:

SEUS FEITOS SÃO SEUS MONUMENTOS.

Parágrafo do August Pullman.

Esse preceito significa que deveríamos ser lembrados pelas coisas que fazemos. Elas importam mais do que tudo. Mais do que aquilo que dizemos ou do que nossa aparência. As coisas que fazemos sobrevivem a nós. São como os monumentos que as pessoas erguem em honra de heróis depois que eles morrem. Como os faraós. só que, em vez de pedra, são feitas das lembranças que as pessoas têm de você. Por isso nossos feitos são nossos monumentos. Construídos com memórias em vez de pedra.

 A história é bastante comovente, confesso a vocês que eu enchi meus olhos de lágrimas em determinadas partes do livro. Uma linguagem simples, mas, muito bem escrita. Leitura que fluiu do início ao fim. Mais que recomendado.

Resenha por: André Lucas